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Doação de Órgãos e Tecidos Vamos #falarsobreisso?

ADMINISTRAÇÃO

19/09/2017

Informação técnica, orientação religiosa e depoimentos emocionantes marcaram a reunião pública com o tema “A visão cristã da morte e a doação de órgãos”, realizada na noite do dia 13 de setembro na Câmara de Vereadores, conduzida pelo vereador Junior Santos Rosa.  O encontro fez parte da programação oficial da campanha Setembro Verde que tem o objetivo de conscientizar a população com ações educativas de informação e incentivo à doação voluntária de órgãos e tecidos. A reunião contou com representantes de entidades sociais, religiosas, pacientes transplantados e familiares de doadores, além de vereadores e diretores de órgãos públicos de Saúde.

O neurologista Dr Carlos Alexandre Martins Zicarelli, professor assistente de Neurocirurgia da UEL, chefe do Programa de Residência Médica em Neurocirurgia do Hospital Evangélico de Londrina, supervisor do internato da Neurocirurgia da PUC, mestre em Tecnologia em Saúde pela PUC e diretor técnico da Clínica N3, foi convidado especialmente para explicar sobre a Morte Encefálica. Ele historiou os estudos sobre o tema, que iniciaram em 1959, e pontuou que o Brasil tem hoje um dos protocolos mais rigorosos e completos do mundo para diagnosticar a morte encefálica. “Quando os familiares do paciente com morte encefálica são acolhidos durante todo o processo por uma equipe multidisciplinar, as chances de se concretizar uma doação de órgãos é bem maior. Mas ainda falta divulgação, falta informação até para os profissionais de saúde”, afirmou dr. Alexandre Zicarelli.

Do ponto de vista religioso, a pastora Simone Kloc da Igreja Cristianismo Decidido esclareceu que a morte encefálica significa que o corpo físico está morto e o espírito já está com o Senhor. “Como está na Bíblia, o corpo é pó e volta para a terra e o espírito volta para Deus. A doação de órgãos é um ato de amor que ajuda a diminuir o sofrimento do próximo”, explica. A pastora destacou que a doação de órgãos não é a continuidade da vida de quem doou. “Aquela pessoa que teve morte encefálica já cumpriu sua missão, seu espírito já não habita mais aquele corpo. A doação de órgãos é uma forma dos familiares decidirem o que fazer com o corpo, conforme a vontade da pessoa em vida”, reforçou.

Durante a reunião pública, foi um consenso entre as manifestações sobre a importância de divulgar a informação correta sobre morte encefálica e a doação de órgãos, acabando com mitos e dúvidas. E que esta informação precisa muito do apoio dos líderes religiosos para chegar a pessoas de todas as classes e níveis de escolaridade.

A programação da Campanha Setembro Verde terá, no próximo dia 28, a Solenidade Alusiva ao Dia Municipal do Doador de Órgãos, a partir das 14h30, na Câmara de Vereadores. E no dia 30, sábado, a partir das 16h, será realizada a Caminhada Verde no Aterro do Igapó.